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Trama Geral

A escuridão do Abismo irá despertar, para o Tudo então com seu ódio devorar.

Quando o herói a Lâmina em seu punho portar, a luz então poderá triunfar.

A jornada no fim não será o seu Fardo, se a vitória obtiver o Preço será pago.

— Adagas em posição.

 

Os encapuzados puxaram as lâminas de dentro de suas vestes. Eram cinco deles, trajavam vestes ritualísticas, mantos negros, com bordados dourados, os capuzes cobriam suas faces, cada um deles de pé nos vértices do pentagrama entalhado no chão de obsidiana. O entalhe era um sigilo de invocação divina, no centro do pentagrama circunscrito, diante de uma abertura circular no chão que parecia ir fundo dentro das entranhas da Terra, estava o sumo-sacerdote vestindo um manto similar, mas coroando seu capuz tinha uma coroa sombria forjada em aço negro com espigões afiados e irregulares que pareciam desafiar o céu.

 

O sumo-sacerdote entoou um canto em uma língua que parecia grego, uma forma mais arcaica daquele idioma, mas a forma como a voz entoava os versos fazia aquela língua parecer sombria, perversa e profana. Os seus acólitos puxaram as adagas de ouro de dentro dos mantos, conforme ordenado e o metal reluziu sobre as luzes dos archotes de fogo infernal que iluminavam aquele grande salão, eram como uma enorme catedral de mármore negro, com uma grande colunata circular que sustentava uma cúpula de pura escuridão, não parecia ter portas e era tão grande que fazia parecer ter sido feita para hóspedes gigantes.

 

— Cortem as gargantas e deixem o sangue jorrar.

 

O sangue jorrou em seguida.

 

Eram cinco os sacrifícios, estavam diante dos acólitos, uma para cada, ajoelhados, fracos, eram jovens, tão jovens que tornava aquilo tudo de difícil descrição e entendimento. As lâminas cortaram suas carnes e os corpos foram ao chão enquanto seus algozes observavam o fluido vermelho escorrer como piche devido à fraca luz pelo chão negro. O sangue também pingava das adagas até ser absorvido pelo metal dourado e as lâminas voltarem para o interior dos mantos. Os acólitos ergueram os braços e seguiram o seu mestre nas preces do ritual.

 

O sangue continuava a escorrer.

 

O fluido era a chave. O sangue de semideuses castos serpenteou e escorreu pelas linhas do sigilo entalhadas no chão o preenchendo e por fim vertendo para dentro da abertura circular no meio do pentagrama, molhando a sola dos pés do sumo-sacerdote. O sigilo então brilhou em uma luz arroxeada e a escuridão na abertura se tornou tão densa que parecia ter sido preenchida por completo com todo aquele sangue.

 

Algo emergiu da escuridão no centro do sigilo, uma forma disforme, negra e amorfa, era algo e ao mesmo tempo nada, como olhar a escuridão do abismo e a ver te encarar de volta.

 

Todos se ajoelharam. O sumo-sacerdote tirou a coroa da cabeça e a colocou diante daquela presença recém-invocada.

 

O tempo dos deuses chegou ao fim. Minha família será vingada e das cinzas desse mundo iremos criar um novo. — A voz ressoou pelo salão, ouvi-la era como ter uma faca enfiada em seus ouvidos, sangue escorria dos ouvidos dos que ali estavam.

 

A grande sombra invocada gerou um turbilhão, como se tivesse se tornado o centro de uma singularidade, os mantos esvoaçavam em meio aquela agitação, mas não eram os vivos os que seriam tragados, os corpos sem vida dos semideuses caídos foram puxados até aquela coisa que havia invadido nosso plano e pelas sombras que a formavam foram devorados sumindo no meio dela. Deixando assim de existir.

 

Aquilo era apenas um prenuncio. Algo pior estaria por vir e seria grandioso, terrível e grandioso.

RPG baseado nas obras literárias do autor Rick Riordan; 

Créditos ao The Olympian Blood RPG. Criado por fãs para fãs.

Todos os direitos são reservados aos autores das artes.

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